Mitos sobre investir em Roraima!
Quando o assunto é investimentos em terras, ainda existem muitas dúvidas sobre Roraima, que é considerado um estado muito jovem na produção agropecuária.
A divergência de informações contribui para a criação de diversos mitos, que impedem muitos investidores de aproveitar as oportunidades que existem nessa grande potência agrícola.
Mas, calma! A CAEP listou alguns mitos e verdades sobre investir em Roraima. Vamos conferir?
- Dá para ganhar “dinheiro fácil” em Roraima?
Esse é um grande mito! Se você receber ofertas de terras muito atrativas, desconfie, assim como em qualquer outra região do Brasil. Inclusive, o cerrado de Roraima requer os mesmos investimentos que em outros locais, ou até mais, devido ao custo maior de calcário.
- Existe terra de “graça” doada pelo estado?
Mais um mito. Isso já aconteceu em outras regiões do Brasil, mas não em Roraima onde o governo federal está fazendo o trabalho de repasse de algumas Glebas de domínio público (da União) para o estado fazer a titulação, seguido de escritura pública.
- Toda terra em Roraima é com “posse”?
Mito. Existem muitas terras tituladas e documentadas em cartório. Assim como existem áreas com “posse”, e que exigem a titulação junto ao ITERAIMA. É importante verificar se a fazenda que você está buscando investir, pertence a uma região já liberada para titulação, pois algumas regiões ainda não estão liberadas.
- Investir em Roraima é arriscado?
Mito. O maior risco do investimento em terras é a titulação não ser verdadeira. O estado de Roraima é hoje o maior interessado na veracidade dos títulos e convida a todos a consultarem o ITERAIMA antes de concretizar qualquer negócio. Gente mal-intencionada existe em qualquer região! Fique atento!
- O Cerrado de Roraima é “ruim”?
Mito. O cerrado de Roraima é como qualquer outro! O desafio é buscar áreas boas, com bom escoamento hídrico, pois durante período de chuvas são mais de 1.000 milímetros de água até 2.000mm em regiões mais próximas já saindo do Cerrado e entrando na vegetação de mata.
- Roraima só tem fazendas “pequenas”?
Verdade. O tamanho médio das fazendas de Roraima é de 500 a 1.500 hectares. Obviamente existem áreas maiores de quatro ou cinco mil hectares, porém em número reduzido. Você pode comprar 2 ou 3 fazendas próximas umas das outras. Roraima não atende grandes grupos empresários que demandam áreas de 20, 30 ou 50 mil hectares.
- Roraima não tem “escoamento”?
Mito. Boa Vista fica distante 750 km de Manaus. O grupo Amaggi tem um canal exclusivo para atender os sojicultores em Manaus durante a colheita e outro fixo o ano todo em Itacoatiara (+ 270km). Além disso, o Rio Branco permite a navegação durante as chuvas. Outra grande promessa é o acesso ao porto de Georgetown na Guiana, apenas 670 km, com acesso ao Caribe, ou seja, com o maior encurtamento de transporte por navegação que o Brasil pode ter.
- Roraima é muito “longe”!
Depende! Por outro lado, a capital Boa Vista com 300.000 habitantes oferece excelente infraestrutura como cidade. É planejada, limpa, várias universidades, shopping centers, aeroporto com voos regulares da Gol, Azul e Tam.
- Tudo em Roraima é “caro”!
Mito. Ao contrário do que muitos pensam, Roraima tem incentivos fiscais por ser uma área de livre comércio e pertencer a Suframa – Superintendência da Zona Franca de Manaus, inclusive máquinas agrícolas no estado custam mais barato se comparado as demais regiões do Brasil, apesar do frete.
E para encerrar…
- Roraima é terra de “índio”!
Mito. É fato que foram demarcadas grandes áreas de terras para os índios que lá estão, ou seja, o convívio é tranquilo e pacífico. Da mesma forma é o relacionamento com os Venezuelanos que atravessam a fronteira em busca de uma vida melhor para suas famílias no Brasil.
Obs. Flavio Salvadego, produtor rural e diretor da CAEP esteve em Roraima duas vezes em épocas diferentes e comprova as informações acima.