A CAEP transforma vidas!

Última atualização: 16/02/2024Por

A história deste mês é da Paola Jurca Grígolli, uma ex intercambista CAEP, que hoje trabalha na avaliação de fazenda para diversas finalidades. Vem conferir o que ela disse sobre a experiência transformadora do intercâmbio!

1- Onde você estagiou (cidade, estado, que cultura) e em que ano, Paola?

Fui trainee na cidade de Valley City, estado de Dakota do Norte, onde fiquei durante todo o ano de 2011. Desde o início meu objetivo era trabalhar em uma fazenda de grãos e, mesmo sabendo que o processo era um pouco mais complexo, consegui! Na fazenda trabalhei com soja, milho, trigo, alfafa e pecuária (black angus).

2- Qual era a sua expectativa antes de ir?

No segundo de faculdade iniciei meu estágio em máquinas e mecanização agrícola e escolhi trabalhar com grandes culturas, mais especificamente com integração lavoura-pecuária. No último ano do curso de agronomia, surgiu a oportunidade de ir para os Estados Unidos e trabalhar em uma propriedade que mesclava todas as áreas que eu mais tinha afinidade, não perdi tempo!

Minha maior expectativa era utilizar a fazenda como um grande laboratório, como uma extensão da universidade. Isso porque eu ainda não era formada e tinha muito a aprender. Queria colocar em prática tudo o que tinha visto e, ao mesmo tempo, aprender sobre as tecnologias dos americanos, o modo que eles trabalhavam, a cultura local, aperfeiçoar meu inglês, turistar…. enfim, sair um ano do meu pai para uma verdadeira imersão no desconhecido. Eu fui sabendo que esta “aventura” poderia abrir muitas portas no mercado de trabalho. E consegui ir além da minha percepção como estudante, consegui!!!!

3- Qual o impacto que a CAEP impulsionou de melhora na sua vida? E onde trabalha hoje?

Quando voltei dos Estados Unidos sabia que eu não era mais a mesma menina que tinha deixado o Brasil. Muitas coisas mudaram dentro de mim. Felizmente nasci em uma família com certa condição financeira e, até então nunca tinha trabalhado.

Após retomar meu último semestre na faculdade, a primeira coisa que fiz foi procurar emprego, mas algo que eu pudesse conciliar com meus estudos, teria que ser no período noturno. Consegui uma vaga de garçonete em um bom restaurante na cidade (Ilha Solteira) e que recebia, na época, muitos estrangeiros que vieram para a região para a instalação de uma grande indústria papeleira.

Isso foi algo que aprendi com os americanos, em outras palavras, mesmo tendo um bom padrão de vida, eles trabalham e estudam, não têm tempo ocioso. Além disso, todos os lugares que frequentei, enquanto estive lá nos EUA, era extremamente bem recebida, com funcionários alegres e sempre dispostos a oferecer o melhor. E esta era minha conduta!

Foi também no restaurante, que através de uma colega da zootecnia, conheci a Scot Consultoria e que estava com vagas abertas para estagiários, com possibilidade de contratação. Finalizando o curso e antes mesmo da graduação, consegui a vaga. ‘Tempos depois descobri que o critério de desempate foi a minha fluência em inglês.

Inicialmente trabalhei como analista de mercado, sendo responsável pelos mercados de arroz, cana-de- açúcar, pecuária e tradução de textos, além da produção de boletins e informativos e etc.

Com a cabeça mais aberta, depois da minha vivência nos EUA, passei pela divisão de Avaliações de Imóveis Rurais da Scot, fiquei encantada! Na faculdade não tivemos nenhuma matéria sobre este campo da carreira, mas a Scot me proporcionou todos os meios que foram precisos para que eu pudesse aprender, estudar e me especializar no assunto.

Entrei para a equipe da Scot em 2012 e permaneci com eles até 2019, quando me retirei da empresa e abri minha a própria (Lobema Avaliações e Perícias Rurais). Desde de então, a Scot Consultoria e o senhor Alcídes Torres (proprietário) mantemos uma relação de parceria, confiança e muita amizade.

Junto a isso, também contribuo na administração da propriedade rural da família, onde temos cana, grãos e pecuária. Com todos os novos projetos em andamento, implantamos, cada vez mais, a integração lavoura-pecuária.

4 – Como você resume a sua experiência do Intercâmbio Agrícola?

Participar do CAEP foi a melhor decisão como estudante. Desde o primeiro contato, até meu retorno ao Brasil tive todo respaldo necessário. A equipe do programa estava sempre antenada com o que estava acontecendo, se eu estava conseguindo me adaptar e como estava indo minha rotina. Além disso, a família que me recebeu estava sempre atenta às minhas necessidades e a minha segurança, seja no trabalho ou quando saía de folga.

Meu maior desafio, com certeza, foi com o idioma, mas sem esquecer da dificuldade que foi para mim trabalhar em campo com temperaturas tão baixas (neve/nevasca). Embora eu tenha estudado inglês desde pequena, quando cheguei lá, sozinha e única funcionária na fazenda e sem nenhum brasileiro trabalhando por perto, senti que não seria fácil.

Algumas vezes pensei em desistir, meu chefe não me entendia e eu não conseguia dizer o que queria, mas eu queria muita estar ali! Do meu jeito estabeleci um “código de conduta” com meu patrão, então, teríamos que seguir três passos: primeiro ele fazia o serviço e eu só ficava olhando; na segunda vez ele fazia o serviço me explicando e eu só olhando e na terceira vez eu executava o trabalho, tentando explicar…

A meu pedido, fui para uma fazenda onde só teria eu de trainee, sem brasileiros, justamente para sair da minha zona de conforto, praticar a língua e viver o famoso American Way of life. No entanto, todos os domingos que conversava com minha família, meu chefe dizia: “ontem você falou com sua mãe, seu inglês está péssimo!!!!” hahahaha Por apenas três meses tive outro companheiro de trabalho, mas era alemão e mais uma vez surgiu o problema da comunicação, mas conseguimos……

Isso contribuiu para que, aos poucos, eu fosse me adaptando e perdendo o medo de falar a língua. Além disso, pedi para que meu chefe e sua família corrigissem meus erros quando falava. Em pouco tempo já tinha pegado o jeito!

Hoje, eu e meu ex patrão norte americano ainda mantemos contato e isso me deixa muito feliz!

Que história!! Paola, adoramos a sua participação aqui no nosso blog, obrigada!
Para a CAEP é um grande orgulho saber que participamos da sua trajetória de vida e profissional, desejamos ainda mais sucesso a você!

E para você que está lendo essa história de inspiração e transformação de vida, saiba que você também pode viver esse sonho, fale agora com nossos especialistas clicando aqui!

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