A CAEP transforma vidas com Adhemar Oliveira!

Última atualização: 16/02/2024Por

Nesta edição do CAEP transforma vidas, temos o prazer de apresentar o Adhemar Oliveira, que há 30 anos foi intercambista CAEP e hoje é Gerente de Tecnologia e Qualidade de Aplicação no Seedcare Institute LATAM da Syngenta.

É muito gratificante ter participado de uma parte tão importante dessa trajetória inspiradora de transformação de vida.

Vamos deixar para que ele nos conte um pouco sobre sua história de transformação!

 

1-Adhemar conte para os leitores da CAEP News, qual sua função hoje na Syngenta.

Hoje sou responsável pelo Lab de Tecnologia de aplicação (CTA Centro de Tecnologia de aplicação). Basicamente desenvolvo e valido tudo que é relacionado com máquinas de TS e receitas. Receitas seria relacionado a misturas de
componentes nas caldas de tratamento, ex. produtos químicos, polímeros, micronutrientes, produtos biológicos, enraizadores, pó secantes e agentes lubrificantes como o grafite.

2-Você acredita que ter feito intercâmbio impactou na sua carreira?

A CAEP é um divisor de águas na minha carreira – SEM CAEP – eu seria um bom profissional, mas sem diferenciais. COM CAEP – pude me diferenciar dos demais bons profissionais, com vivência em uma agricultora importante e de primeiro mundo, melhorando minhas habilidades técnicas. Ter uma experiência em uma outra cultura, trabalhar com pessoas, experimentar o novo e os desafios de uma vivência sozinho. E claro aprender, e aperfeiçoar a língua inglesa.

3-Na sua visão como gestor de multinacional, qual diferencial a experiência internacional trás para os jovens estudantes?

Ter uma experiência fora do seu país, fora do ambiente que você domina é VITAL para enfrentar o novo, o desconhecido. É uma chance real do estudante pensar diferente, buscar alternativas, ter que se renovar, pensar fora da caixa e principalmente INICIATIVA. Melhorar a ORGANIZAÇÃO, sua como pessoas, na sua agenda diária e atividades a curto e longo prazo. Esse estudante com certeza nessa vivência, vai passar por momentos desafiadores e difíceis que terá que tomar decisões e gerenciar os desdobramentos dessas escolhas. Viver fora de casa é bom, longe da segurança da família. Mas morar fora de casa, em outro país, cultura e língua diferente, é uma experiência mais intensa ainda. Passar por situações boas e ruins ajudam a amadurecer, ter senso de responsabilidade e senso crítico.

4- Esta sessão chama-se Transformando Vidas, nossa pergunta é: Como o intercambio e sua vivência internacional transformou a sua vida?

Primeiramente, fazer intercâmbio a mais de 30 anos atrás é muito diferente de fazer hoje. Celular e internet tornaram tudo mais fácil. Basicamente o intercâmbio transformou minha vida, em me sentir mais seguro e gerenciar na minha cabeça os meus medos.
Tudo era novo:
– Uso de equipamentos (tratores e implementos) muito mais tecnológicos dos que eu tinha vivido no BR;
– Técnicas agronômicas (tropical X Temperado) – doenças e pragas;
– Língua, conseguir se comunicar e me fazer entender/aprender.
Mas teve uma passagem que me marcou profundamente. No meu segundo dia de trabalho, arando um talão com meu CASE Pneu Duplado de 175 CVs com uma grade controle remoto de 52 discos, em um erro de avaliação de distância e pela baixa experiência nesse tipo de operação, eu derrubei 3 m de cerca e o palanque entrou no meio desse rodado duplo. Imagina meu desespero e desconforto/MEDO do acidente que provoquei. Pois bem, chamei meu pai Americano no rádio, ele veio ver a situação, chamou mais 2 ajudantes, desmontamos o Rodado, tiramos o palanque do Rodado, puxamos o cerca com arame farpado para o lado e ele me disse: “Pode continuar a trabalhar”. Respondi para ele: “E a Cerca?” Ele disse: “Fica tranquilo, isso só aconteceu porque você estava trabalhando e agora sei que você vai ter mais cuidado na operação. Depois do plantio você vem aqui e arruma essa cerca.” Três meses depois eu estava lá arrumando a cerca, mas aprendi que só erra quem faz e quando erra você aprende, e depois de aprender você não erra mais.

5-E na sua vida enquanto profissional do Agro? Quais foram as transformações que a viagens de conhecimento internacionais te proporcionaram?

Trabalhei numa “Seedcorn Cia” e quando voltei para o Brasil entrei em uma empresa de venda de sementes de milho. Depois do intercâmbio e principalmente nos anos seguintes, meu nível para discutir e conversar com os agricultores (meus clientes) era num nível muito mais alto, quando comparado com outros agrônomos. Logo eu tinha muitos argumentos para explicar e argumentar sobre os aspectos de produção/produtividade em milho. Com isso, com os clientes que trabalhava, tinha segurança em recomendar e argumentar na cultura do milho. E claro, isso fez com que eu me destacasse na equipe, e em performance e números de vendas. Comecei já no início da minha vida profissional ser uma referência técnica.

6-Você já chegou a fechar negócios ou parcerias durante uma viagem internacional com clientes? 

Não fechei nenhuma parceria com outras Cias do USA.

7-Com base na sua experiência com as viagens de conhecimento, o que é mais valioso: as amizades que se formam nos grupos, a quantidade de informações aprendidas ou os negócios gerados após o retorno?

O que foi mais valioso foi: O AUTOCONHECIMENTO. Me certificar e provar para todos, mas principalmente para mim, meu valor como profissional. As amizades construídas nessa época da vida também são legais, até hoje depois de mais de 30 anos tenho contato com os 4 profissionais que foram comigo aos USA.

8-Quando você escuta CAEP, o que vem a sua cabeça? Por quê?

Uma oportunidade IMPAR para jovens estudantes de agronomia poderem se diferenciar no Mercado do AGRO. Uma oportunidade de AUTO Crescimento e provar para você mesmo seu valor. Troca de experiências técnicas (conhecimentos agronômicos) entre realidade Brasil e outro país. Conhecer outra cultura, outros valores outras formas de ver solução dos mesmos problemas que temos aqui no Brasil. Além de aprender e aperfeiçoar a língua Inglesa.

9-Te convidamos a deixar aqui um breve depoimento sobre sua experiência com a CAEP, ou um recado para nossos jovens estudantes do agro que lerão essa matéria no CAEP News.

Tenho uma única mensagem: não tenha medo de arriscar e ir para um intercâmbio internacional, SIMPLISMENTE VÁ! Esqueça os, MAS… Mas não sei qual área eu devo focar – VÁ – se tiver clara a área ótima, mas se não tiver VÁ para fazenda de Soja/milho ou até GreenHouse mas VÁ. Mas não tenho Inglês – VÁ – você vai entender que se comunicar é mais do que falar uma língua diferente da sua. Mas terei que trancar a universidade – VÁ – isso vai abrir sua cabeça e mais perspectivas. Mas acabai de me formar e tenho algumas opções de trabalho – VÁ – porque quando você voltar, terá ainda mais opções de trabalho. Mas a namorado/namorado – VÁ – hoje o celular ajuda muito a minimizar a saudade, além de te preparar para uma vida adulta, mais organizada e mais madura. Mas o custo dinheiro – VÁ – pegue dinheiro emprestado do PAI/MÃE/TIO/TIA/AVÔS, pode ter certeza, quando você voltar, terá oportunidade de negócios e empregabilidade que muito em breve com FOCO, você vai poder pagar esse investimento que eles fizeram em você.

Histórias como a do Adhemar nos inspiram a continuar nossa missão de ampliar a educação internacional no Brasil. Agradecemos o Adhemar por essa valiosa contribuição.

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