5 Técnicas de Conservação do Solo

Última atualização: 16/02/2024Por

Todo ano, produtores e empresários rurais lidam com problemas de gerenciamento e aproveitamento de suas produções, e para solucioná-los, criaram diversas técnicas para lidar com o empobrecimento dos nutrientes do solo.
Nossa equipe, também em homenagem ao dia da conservação do solo (15/04), preparou uma lista das cinco mais famosas técnicas de conservação, para que sua terra sempre esteja pronta para dar o que ela pode dar de melhor, frutos!
1º – Conservação da Vegetação Nativa

Essa é uma das mais importantes formas de preservação do solo. A ideia é basicamente manter a vegetação nativa preservada da melhor maneira possível, sem nenhum tipo de alteração brusca, para que os riscos de inundação e deslizamentos de terra sejam reduzidos.
A ação é tão importante para o mantimento do solo, que em 2012 virou a Lei Nº 12.651/12, que dispõe sobre sua proteção e afirma que todas as florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação nativa em si são bem de interesse comum a todos os habitantes do país.
2º – Combate a Erosão

De todos os tipos de erosão, que afetam de várias formas os solos pelos quais percorrem, uma das principais fontes de erosão no Brasil é a Pluvial – consequência do escoamento da água das chuvas pelas plantações – que acarreta em inundações e deslizamentos de terra que agridem e empobrecem o solo.
“Quando a chuva intensa entra em contato com o solo desprotegido de vegetação, retira a sua cobertura superficial e resulta tanto em seu desgaste, quanto em seu empobrecimento. Os impactos ambientais no solo chegam a ser irreversíveis em alguns casos.”, conta Ana Gabriela, agrônoma responsável pelo gerenciamento de experiências agrícolas na CAEP.
As soluções dependem de que tipo de grau a erosão pluvial alcançou, mas a mais comum é a utilização da técnica de curva de nível que, de modo geral, desenha linhas com diferentes altitudes em um mesmo terreno, como “degraus” que facilitam o escoamento dessa água e aumentam a produção.

 

3º – Reflorestamento

O reflorestamento no Brasil, e em grande parte do mundo, é dado através de dois tipos de plantas: o Eucalipto e o Pinheiro. Seu objetivo é, a grosso modo, evitar a devastação de biomas ainda existentes e conter a degradação do meio ambiente.
O descobrimento e a utilização de ambas as plantas foi feito na mesma época, começo do século XX e, até hoje, auxiliam o agronegócio na produção de madeira, perfumes, medicamentos, tecidos e produto alimentícios.
“Essas duas espécies são as prediletas por seu crescimento acelerado, que permite o corte em um curto período e são resistentes a pragas e doenças. Porém, o reflorestamento com espécies nativas da região, por contribuir para a preservação da fauna local, é o mais recomendado.”, explica Ana Gabriela, Engenheira agrônoma formada pela UNESP Botucatu.
4º – Rotação de Cultura

A rotação de culturas é definida como o ordenamento de duas culturas na mesma área agrícola por um tempo indeterminado, mudando de acordo com a estação do ano. Elas servem para evitar a perda de qualidade do solo, uma vez que cada cultura traz um determinado benefício aquela terra.
Entre os benefícios, citados pelo documento “Importância da rotação de culturas para a produção agrícola sustentável no Paraná”, produzido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), estão: Melhoria da estrutura do solo, aumento da disponibilidade de nutrientes e aumento da biomassa e atividade biológica no solo.
5º – Plantio Direto

O plantio direto é o último item da nossa lista e uma das mais relevantes formar de conservação do solo. É uma técnica de semeadura, na qual a semente é colocada no solo sem que ele tenha sido mexido ou danificado por arados, grades ou máquinas.
Ele melhora a retenção de umidade – o que faz a plantação render mais em anos secos – e reduz consideravelmente a erosão, o que exclui a necessidade de replantio e possibilita a economia de combustível, adubo e sementes.
Essa técnica, hoje, é utilizada em mais de 9 milhões de hectares de terras brasileiras – de acordo com a World Wildfire Fund (WWF) – e atende às recomendações da conferência Eco-92, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU).
“Convém sempre ter em mente que não existem práticas isoladas de conservação do solo, devendo-se considerar que apenas o conjunto delas é que promoverá resultados satisfatórios no controle da erosão”, como diz o engenheiro agrônomo Mário Ivo Drugowich na obra “Boas Práticas em Conservação do Solo e da Água” da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Governo de São Paulo.

 

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